Se você atua no setor industrial ou comanda uma grande empresa no Brasil, prepare-se: a reforma tributária para a indústria não é apenas uma atualização legal, mas uma virada de chave que exige atenção estratégica desde já.
Com início de vigência previsto para 2026, o novo modelo fiscal promete reduzir a complexidade do sistema atual — que, segundo o Banco Mundial, consome até 1.500 horas por ano apenas para que empresas cumpram obrigações tributárias.
Ainda assim, o caminho até essa simplificação passa por um período de transição desafiador.
Neste artigo, vamos te mostrar o que muda na prática com a Emenda Constitucional 132/2023, quais pontos impactam diretamente grandes empresas e indústrias, e como se antecipar com o suporte de um sistema de gestão tributária (SGT) robusto e confiável. Não perca!
Por que o Brasil precisava de uma reforma tributária?
Falar em reforma tributária no Brasil é, antes de tudo, encarar um problema histórico. Por décadas, o sistema tributário brasileiro foi considerado um dos mais complexos do mundo.
A convivência de tributos federais, estaduais e municipais, cada um com regras próprias, criou um cenário fragmentado, burocrático e ineficiente. Empresas gastam milhares de horas todos os anos apenas para cumprir obrigações acessórias, enquanto a insegurança jurídica mina a previsibilidade dos negócios.
Essa estrutura não impacta apenas os departamentos fiscais. Ela afeta diretamente a competitividade das empresas, sobretudo da indústria, que opera em larga escala e lida com uma cadeia de suprimentos extensa.
A carga tributária elevada e o excesso de regras criam barreiras tanto para o crescimento interno quanto para a atração de investimentos estrangeiros.
Com base nesse diagnóstico, a proposta de reforma aprovada em 2023 (a Emenda Constitucional 132) busca simplificar, unificar e tornar mais justo o sistema de cobrança de tributos no país.
O objetivo é tornar o modelo mais próximo ao que se adota nos países desenvolvidos: um imposto sobre valor agregado (IVA), cobrado de forma transparente, com regras mais uniformes e base ampla de incidência.
A reforma tributária para a indústria
Agora que entendemos os motivos por trás da reforma, é hora de olhar para o que realmente será transformado dentro das empresas, com destaque para as grandes indústrias, que operam com volumes altos e estruturas complexas.
Saem 5 e entram 3 impostos
A principal mudança está na substituição dos tributos atuais por um modelo baseado em três novos impostos. Os atuais PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS deixarão de existir gradualmente entre 2026 e 2033. Em seus lugares, surgem:
- A Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que será federal
- O Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), com gestão compartilhada entre estados e municípios
- E o Imposto Seletivo (IS), voltado a produtos com externalidades negativas, como bebidas alcoólicas e cigarros.
Modelo de tributação por valor agregado
O grande diferencial desses tributos é que eles funcionam dentro de uma lógica de valor agregado. Isso significa que o imposto incide sobre o valor que é efetivamente gerado em cada etapa da cadeia produtiva, reduzindo a cumulatividade que hoje prejudica a indústria.
Tributação apenas no local de destino
Outro ponto central é a mudança do local de incidência. Em vez de tributar na origem, como ocorre atualmente, o novo modelo adota a tributação no destino. Ou seja, os impostos passam a ser calculados com base no local onde o produto ou serviço é consumido, e não onde foi produzido.
Essa alteração afeta diretamente o planejamento logístico, fiscal e comercial das empresas.
Um olhar atento para o período de transição da reforma tributária
Apesar da expectativa de simplificação, o caminho até o novo modelo será gradual, mas também complexo. De 2026 a 2033, as empresas terão de operar sob dois sistemas tributários ao mesmo tempo. Isso significa lidar com legislações sobrepostas, diferentes formas de apuração e variações de alíquota.
Na prática, o processo de adaptação será progressivo. O CBS e o IBS começam com alíquotas simbólicas, apenas para fins de teste. Aos poucos, ganham mais peso até substituírem por completo os tributos antigos. O IS, por sua vez, já entra em vigor em 2027.
Esse período de transição exigirá atenção redobrada da área fiscal, contábil e de tecnologia. Afinal, qualquer falha pode resultar em perdas financeiras ou desenquadramentos legais. Estar preparado para esse cenário híbrido é tão importante quanto entender a lógica do novo modelo.
Sistema de gestão tributária (SGT): o papel do SAP Business One na reforma tributária para a indústria
Lidar com dois modelos tributários simultaneamente, mantendo conformidade, controle e eficiência operacional, é um desafio que não pode ser subestimado.
Por isso, contar com um sistema de gestão tributária (SGT) robusto, integrado e atualizado será um dos principais diferenciais competitivos para indústrias.
É nesse cenário que o SAP Business One se destaca como uma plataforma preparada não apenas para acompanhar as mudanças, mas para facilitar a adaptação a elas. Desenvolvido para oferecer uma visão completa e integrada da operação, o SAP B1 reúne recursos fundamentais para uma gestão tributária eficiente, mesmo em contextos complexos.
1 – Atualizações contínuas e conformidade legal garantida
Uma das maiores vantagens do SAP Business One é a sua capacidade de acompanhar mudanças na legislação de forma contínua. Por ser uma solução global, com presença consolidada no Brasil, o sistema recebe atualizações alinhadas às normas locais, o que garante que sua empresa esteja sempre operando em conformidade com a lei.
Durante a transição, o SAP Business One permite gerenciar as regras dos dois modelos tributários ao mesmo tempo, garantindo conformidade e organização sem comprometer a precisão dos dados.
2 – Controle e redução de riscos
Além disso, o sistema integra os dados fiscais aos módulos contábeis e financeiros, o que facilita a análise dos impactos da reforma sobre o fluxo de caixa, o custo dos produtos e a margem operacional.
Essa integração é especialmente relevante para grandes empresas que precisam de respostas rápidas em cenários de incerteza.
3 – Gerenciamento de créditos e conformidade na cadeia de fornecedores
No novo modelo, o aproveitamento de créditos fiscais depende da regularidade dos fornecedores. Isso exige um controle rigoroso sobre a cadeia de suprimentos. Afinal, qualquer irregularidade pode impactar financeiramente a operação.
O SAP Business One auxilia nesse processo ao monitorar a origem dos insumos, o status fiscal dos parceiros e a validade dos créditos. Assim, a empresa reduz riscos e evita perdas por falhas de conformidade.
4 – Relatórios estratégicos para decisões mais seguras
Durante a transição, decisões rápidas e bem fundamentadas são essenciais. O SAP B1 fornece relatórios fiscais e contábeis completos, com visualizações personalizáveis que facilitam o planejamento e a análise de cenários.
Com essas informações em mãos, é possível ajustar estratégias com agilidade e identificar oportunidades de ganho tributário.
Implantação SAP Business One com a EasyOne: uma opção segura
A reforma tributária para a indústria representa uma mudança profunda na forma como as empresas lidam com seus tributos. E embora o novo modelo prometa mais simplicidade no futuro, o período de transição exigirá organização, agilidade e controle absoluto das operações fiscais.
Com o SAP Business One, implantado por especialistas como a EasyOne Consultoria, sua empresa ganha estrutura para lidar com essas mudanças de forma integrada, segura e estratégica.
Com apoio da EasyOne, a adaptação deixa de ser um desafio e passa a ser uma oportunidade de evolução.
Antecipe-se. Fale com a EasyOne e prepare seu sistema para o novo cenário tributário brasileiro.